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19 de Abril de 2024

Partidos Políticos e candidaturas

O que as siglas escolhem não são aqueles em quem o povo preferiria votar

Publicado por João Carlos Silva
há 6 anos

Olá, Jus eleitores e cidadãos convictos de que este País tem jeito.

Nem tanto desse "jeito", porém, já quando alcança a mesa da seção e a urna eletrônica. Essa aí, pobrezinha da urna, embora a melhor ferramenta eleitoral utilizada no mundo, tem sido apequenada por partidos miúdos, que nunca ganham nada, seja porque trabalham muito pouco, ou porque o tempo de divulgação não lhes assegura uma exposição de tempo mínimo e informações, ou então, porque suas queixas ficaram na moda depois que o Poder Judiciário iniciou uma pequena reação. Apesar de uns poucos na cadeia, ou colocados sob restrição eleitoral, todos nós, mortais admiradores de uma justiça rápida, capaz de devolver "prontamente" quando possível os recursos ao erário, desejaríamos também impugnar e não permitir sequer que os passíveis de condenação, e indícios fortes de crimes cometidos se declarem como não são, ou seja, elegíveis. Não discute-se a lei, que a gente sabe, tudo está ao dispor de cada advogado, e cada um deles sempre diz que seu "cliente é inocente", que vai provar isso, e que, principalmente, "tudo está registrado pela Justiça Eleitoral".

E a Justiça Eleitoral não pode ter culpa. Mas, infelizmente, servidor dela, muitas vezes sinto-me como se ela estivesse sendo afrontada.

O único problema da urna eletrônica são os nomes que se colocam dentro delas.

As notícias que hoje mais atormentam o eleitor, ganharam rótulo de "fake news", isso embora já se tornando folclórico nos costumes eleitorais, e que não pode mais ser cultivado. Na busca de um país "sério", atitudes sérias é o que precisamos. Por outro lado, há candidaturas que se alimentam do pior que oferecem, ideias polêmicas. No meio de tantos artifícios das campanhas, medo nosso que acabemos tendo aqui algum "Trump" ou alguém pior ainda.

Diante disso, não nos deixemos esmorecer. A democracia, que é vontade geral, tendo como antecedente requisito, a informação clara e verdadeira, só pode realizar-se quando acompanhar e superar, com muito desempenho e sobra, inclusive, as mazelas de quem só deseja chegar ao poder, e daí, em cima de tudo, ficar durante quatro anos discutindo até o indiscutível, posto que ganhando um pleito, adquiriu legitimidade.

Uma eleição, infelizmente, não se faz só do programa em si, mas da bela apresentação dele, o que em prática coloca palavras às vezes diferentes daquelas que o eleitor pensa que leu ou ouviu. Não se faz com uma chapa, um candidato, ou dois, ou mais, daqueles que o substituirão durante ou após o "impedimento" avaliável.

Do lado do eleitor, só o ganhador interessa. Mas, há muito tempo, permaneceu inexplorado e não investigadas as chances de que até mesmo várias propostas sejam incentivadas a ganhar o pleito sob patrocínio de interesses que não os desejados pelo eleitor. Falta dessa informação, assim como se diz na economia, também é fatal para outras ciências, a Justiça, ou, para a democracia. Imaginemos, exemplo, que todo o país precisa mesmo é de uma resposta alternativa e sustentabilidade, se para o setor energético, energia limpa! pois bem, aquele que promete resultados quanto a isso, embora aqui se tenha muitos sóis para cada um, logo que eleito, começa a abrir gavetas velhas onde projetos de lei estavam ali, como que proibidos. Nesse caso, o eleitor queria "um" candidato, mas as possibilidades interesseiras normalmente são maiores que isso, várias chapas já estariam compromissadas. A democracia, comprometida.

Para concluir, é isso tudo só um argumento a mais para que nem mesmo os sagrados partidos políticos possam discutir apenas tão internamente as propostas eleitorais, porque, apesar de que tais ideias distinguam partidos entre si, o programa é sempre, de toda forma, para um povo, todo.

Portanto, além de requisitos mínimos como a elegibilidade, não só a legal, mas também a boa prática - não coloque a população em choque por causa de candidatos que um dia se excederam e sabem que a isso devem responder - deveríamos ter todos nós, e o Ministério Público perante tudo isso, e mais o Judiciário - oportunidade real de impugnar quando excesso eleitoral houver nas escolhas. Aí, a sigla Partidária deveria ter mais utilidade pública, já que se presume, e com razão, que nem todos os políticos tem estes defeitos que nos martirizam. O que o Partido Político tem obrigação de oferecer, são exatamente os melhores nomes de seus quadros, os mais competentes, idôneos, ainda mesmo que existam alguns com carismas especiais, mas que ainda não provaram seus verdadeiros dons de benefício, e outros, que as próprias polêmicas sociais os tornam mais fortes do que são, porque não se consegue medir a soma de todas as desconfianças. Exemplo, a crise na segurança dos cidadãos brasileiros, oportuniza polêmicas, já que uma das causas disso foi falta de ação apropriada em períodos passados desde há muito.

Uma unidade político-partidária é feita de seus filiados, e isso difere bastante que de todos, só um nome seja sempre referência: para o conteúdo programático, ou para as exigências do processo eleitoral, em sua possibilidade de vencer o pleito. Aí é que mora o perigo!

Quando este nome é exposto ao público geral, é que a viabilidade da candidatura começa a acontecer. Errado, pois todos os nomes de filiados compõem esta possibilidade, assim como a preparação para exercício do trabalho político e público, internamente difundido. Certo seria que todos nós, pudéssemos interferir pelo menos um pouquinho mais, avaliando nomes, quem sabe talentos e sóbrios governantes que estão dentro de quadros de filiados funcionais apenas, que engrandecem o volume do Partido, mas sem chances maiores do verdadeiro exercício de cada unidade político-partidária, que é de engrandecer a política em si. A boa política, que se saiba, é redundância, pois que a política não nasceu para ser ruim, nunca.





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